terça-feira, 6 de maio de 2014

A menina que roubava livros, Markus Zusak

   Olá pessoal, tudo bem? Essa semana trago a resenha de um livro bastante conhecido, que foi adaptado para o cinema recentemente: "A menina que roubava livros", escrito pelo autor Markus Zusak e publicado no Brasil pela editora Intrínseca.
   "A menina que roubava livros" tem um narrador diferente: a Morte.
   "Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler."
Livro, A menina que roubava livros, Markus Zusak, Intrínseca

   "...em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você, com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços.(...) E levarei você embora gentilmente."
   Acompanhamos a história de Liesel Meminger entre 1939 e 1943, período da Segunda Guerra Mundial. É numa rua pobre de uma cidade da Alemanha que Liesel vai morar aos nove anos, depois de ser adotada pelo casal Rosa e Hans Hubermann.
   Com Hans (um homem muitíssimo mais incrível e bom do que todos pudessem imaginar, o cumpridor de promessas capaz de esconder um judeu em sua casa em plena guerra), Liesel aprende a ler e escrever, tudo por causa de um livro roubado (ou achado) pela garota. Ela tinha um motivo para pegar aquele livro, ele tinha um significado especial: a única recordação palpável de sua vida antes dos Hubermann. Depois desse primeiro, vieram outros livros, outros furtos.
   Além dos pais, Liesel tinha Rudy, seu amigo, vizinho de rua e colega de escola. Juntos, eles viveram a infância e adolescência de crianças alemãs em uma época de guerra.
   "A menina que roubava livros" nos faz ver a guerra por outro ângulo: pelo lado dos alemães que não concordavam com Hitler, não odiavam os judeus, mas que não tinham escolha; era o país deles, era o chefe deles. Esse era o caso da família de Liesel e de muitos moradores de sua rua Himmel.
   Todo o horror desse período está presente na história: os bombardeios, a perseguição aos judeus, a situação dos pobres da Alemanha. E Liesel viveu tudo isso. A morte também estava lá, tinha muito trabalho pra fazer. Numa guerra ninguém vence.
"• UMA OBSERVAÇÃO PEQUENA •
PORÉM DIGNA DE NOTA
Ao longo dos anos,
vi inúmeros rapazes que pensam
estar correndo para outros rapazes.
Não estão.
Eles correm para mim." (Palavras da morte)
   Os livros foram importantes para Liesel de várias formas, aproximaram a garota do pai e lhe deram as palavras que salvaram sua vida literalmente.

   "A menina que roubava livros" está entre os mais abandonados do Skoob (que mais pessoas desistiram antes de terminar de ler). Talvez o fato de a história ser contada pela morte acarrete numa narração distante, sombria e diferente, que não prende o leitor logo de cara.
   É na última parte do livro que a história ganha agilidade, é como se fosse uma charada: da mesma forma que Hans Hubermann dizia para Liesel continuar lendo, o leitor também precisa continuar lendo se quiser saber o que faz o livro ser tão encantador, fascinante e marcante. Uma leitura que, no fim das contas, vale super a pena.

   Detalhes: ISBN: 9788598078373, 382 páginas, Skoob. Onde comprar online: Saraiva, Americanas, Submarino (recentemente a editora lançou o livro com a capa do filme, então, é difícil encontrá-lo ainda com a capa branca como na foto).

   Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha.
   Alguém aí já leu "A menina que roubava livros"?
   Até semana que vem!
Maria (blogTwitterfanpage, G+Instagram).

10 comentários:

  1. Já li esta resenha em vários blogues.
    É muito interessante.
    Neste tempo os nazistas queimavam livros para que ninguém os lesse.

    ResponderExcluir
  2. Eu pretendo ler esse livro. Quando todos começaram a repetir o título fiquei curiosa, mas o que me fez incluí-lo na lista de futuras leituras foi saber que tinha ligação com a Segunda Guerra. Tudo que tem ligação com o Holocausto me desperta interesse. Tenho profunda admiração pela comunidade judaica.

    ResponderExcluir
  3. Um dos meus preferidos!! Recentemente vi o filme e achei uma ótima adaptação.

    ResponderExcluir
  4. Oi Mari, boa noite! Sua resenhas aguçam a minha curiosidade, ainda não li, mas este é mais um que vai para minha listinha...
    Beijos com carinho
    Marilene

    ResponderExcluir
  5. Realmente, muito bom. E a adaptação para o cinema também ficou muito boa.

    O POETA E A MADRUGADA
    opoetaeamadrugada.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. Olá!! Como vai?? Sou seu conterrâneo Maria, aí de Liberdade... achei por acaso o seu blog e este q participa. Parabéns pelas resenhas dos livros... e muito sucesso a vc na "estrada da vida"! Sobre o livro "A menina q roubava...", é um dos melhores q já li, sem dúvidas, é um livro q nos fala tbm como são importantes as palavras, o final realmente não achei muito agradável... mas é recomendadíssimo a sua leitura!!

    ResponderExcluir