Olá pessoal, tudo bem? Sentiram minha falta semana passada? Acabei não conseguindo postar. Mas hoje estou de volta, e venho falar sobre um dos meus livros preferidos: Tempo de Esperas, escrito pelo Padre Fábio de Melo.
Tempo de Esperas foi um livro que me surpreendeu muito, a sinopse despertou minha curiosidade e a história me encantou. Se você tem algum receio de ler o livro por ter sido escrito por um padre, peço que não leve isso em conta, a leitura compensa muito!
"Pessoas são como livros, Alfredo. Precisam ser lidas. Não pare nas capas. Há muita riqueza escondida em capas pouco atraentes." (Abner, página 71)
Tudo começa quando Alfredo, um jovem de vinte anos, estudante do 3° ano de Filosofia, escreve uma carta para Abner, um antigo e conceituado professor de Filosofia que, anos antes, havia dado aulas na Universidade em que Alfredo estuda.
Alfredo passou por uma desilusão amorosa. Ele, que até então só pensava em ser reconhecido e prestigiado como filósofo, conheceu Clara e se apaixonou por ela, mas ela o deixou. Alfredo ficou sabendo que Clara tinha ido embora com um vendedor de flores. Isso foi demais para o coração obcecado por respostas filosóficas de Alfredo, ele não conseguia entender como Clara podia ter o trocado por um simples vendedor de flores.
"A alegria apressas as horas. O sofrimento paralisa." (Alfredo, página 68)
Atormentado por essa dor de amor e sem conseguir encontrar ao seu redor alguém capaz de ajudá-lo e ouvi-lo, Alfredo, orientado por um de seus professores, escreve para Abner contando seu sofrimento. O rapaz também não entende como Abner foi capaz de abrir mão de tudo o que havia conquistado para levar uma vida simples, longe das glórias da vida acadêmica. Como Abner podia não querer mais aquilo que era o grande objetivo de vida de Alfredo?
Na troca de cartas, Abner vai mostrando para Alfredo uma outra forma de enxergar a vida. Mostrando que a simplicidade que o jovem tanto despreza é um ótimo caminho para se chegar até a felicidade. Que não é preciso fazer milhões de perguntas e tentar achar respostas para tudo na vida e que não adianta viver planejando um futuro sem aproveitar e prestar atenção no presente.
E tem uma surpresa na penúltima carta. Um fato novo que muda muita coisa na trama, mas eu não vou contar o que é. O padre Fábio de Melo conseguiu contar uma história interessante e que faz com que o leitor não queira parar de ler até chegar a última página, mas sem deixar de passar a sua mensagem e a sua fé.
"Há pesos que só percebemos depois que deles nos livramos." (Abner, página 29)
"A raiva nos retira a capacidade de analisar as palavras que nos desafiam." (Abner, página 40)
Como já disse anteriormente, me surpreendi muito com o livro. Gostei de aprender um pouco mais sobre filosofia e sobre o universo dos filósofos. Me identifiquei em vários pontos com os personagens, Alfredo e eu "sofremos de juventude" mas penso como Abner em muitos aspectos. As verdades que o personagem Abner dizia para Alfredo serviam para mim também (Abner é muito bom em falar umas verdades, "mexer na ferida"). Enquanto acompanhava o "florescer" de Alfredo, ia refletindo sobre minha vida.
"Tudo o que nos envole, de alguma forma, define-nos.(...) Todos os limites que estão fora, de alguma forma, repercutem dentro de nós." (Abner, página 29)
Detalhes: editora Planeta, ISBN: 9788576656777, ano: 2011, páginas: 167, Skoob. Onde comprar online: Livraria da Folha.
Espero que vocês tenham gostado da indicação de hoje. Se vocês ainda não leram o livro, leiam! Depois venham me contar se gostaram.
Até semana que vem!
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