sábado, 7 de fevereiro de 2015

O homem e a estrelinha

Olá povo do Boteco,
Baseada numa história real que me foi relatada por um conhecido na internet, escrevi o que chamo de ensaio de um conto...dei contornos românticos por motivos mais que óbvios, rs...
Da identidade das personagens, posso dizer apenas que o homem é do interior do Espirito Santo  e a mulher, da cidade do Rio de Janeiro. Espero que gostem.



Vamos ao conto.

Quando eles se conheceram, não era tarde mas também não era cedo, de longe se observavam...
Ficava o homem a pensar: "Que estrelinha é aquela e quais mistérios guardaria tão meiga menina?"
Bem longe um do outro, ele sempre com os olhos no céu, esperando a noite chegar, quando a escuridão, a nostalgia e a incomensurável distância entre os dois, permitiam a estrelinha brilhar.
Ela por sua vez não tirava os olhos do mar, onde a ausência do sorriso no moço, dava muito o que pensar!
Coisas de tempos antigos: Recordações, coração disparando...quem haverá de chegar?
Quem aquecerá minhas noites tão frias, preencherá as madrugadas vazias, embaladas pelos sons da ausência?
Matutava o homem...
Chapéu na mão e lágrimas nos olhos em respeito à saudade  que nem sabia do que...e o homem, que não confiava em pessoas, sozinho seguia caminhando.
A estrelinha  que morava lá nas alturas e, não cansava de brilhar, desejou aquele homem, beijar.
Quando o "tempo fechava" rs! e não podiam se ver, acontecia uma pontinha de dor...uma vontaaade de se encontrar!
Mas eles sabiam esperar, porque o tempo é bom conselheiro e certamente não os iria enganar.
E ficavam assim pensando, ela no céu, ele no mar:
"Qual a distância do amor
Haverá distância para o amor
Em que ponto do universo se cruzariam em amor?"
Ah! quando chegasse esse tempo, as noites haveriam de ser muito silenciosas, e apenas suaves sussurros fariam a noite vibrar. Tal qual o som do sopro na flauta, ou do berrante aflorar.
Depois, silêncio total...sagrado entrelaçar!
Até que um fio de luz, de uma estrela cúmplice e irmã, viesse aos dois acordar.

Sandra May - 2015



Crédito da foto: Willham Kitzinger (autorizada)

3 comentários:

  1. Não há distância para o Amor, ele está presente quando existe em qualquer parte!
    Amamos muitas vezes pessoas que não estão mais por aqui...mas continuamos amando no fundo do coração e sentimos saudades, choramos, mas elas estão vivas dentro de nós!
    Bjus
    http://www.elianedelacerda.com

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    1. Eliane, bom dia. Obrigada pela observação...e pela visita ao nosso boteco.

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    2. Eliane, bom dia. Obrigada pela observação...e pela visita ao nosso boteco.

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