É
uma linda noite.
No
nordeste o sol se põe muito cedo.
Já
de banho tomado, ele olha o saguão do hotel pelo mezanino e avista uma bela
moça que voltava das afrodisíacas praias de Maceió. Sua pele morena, ainda suja
de sal, o deixa impressionado.
Os
dias em Maceió passam e eles não mais se encontram. Ao que indica, estão em
excursões diferentes.
No
dia seguinte, nos preparativos para o passeio de Bug sob as dunas de Genipabu,
coincidentemente ficam lado a lado.
Ele
pergunta seu nome e onde mora, e retribui a resposta.
Os
Bugs, lá chamados de Bugres, partem para a aventura e durante boa parte do
percurso os carros vão se revezando na dianteira. A cada ultrapassagem são trocados
sorrisos e acenos até chegar o momento que os Bugs se separam e eles se perdem
de vista. Foram somente três dias em Natal e no final do período, a confusão
com os horários dos voos fazem com que todos fiquem vagando pelo hotel.
Eles
se encontram no corredor e trocam algumas palavras.
Minutos
depois ele sentado à beira da piscina a vê passar e a chama para conversar.
Ela
está preocupada, tentando ligar para alguém, ele oferece o telefone, mas ela dá
um sorriso, diz que não precisa e senta-se em frente. Enfim, conseguem ter uma
conversa mais longa. A distância entre os estados que moram não é obstáculo
para iniciarem uma grande amizade.
O
voo parte para Fortaleza levando-os para mais um paraíso. Nesta parte da viagem
eles não se desgrudam. A amizade é forte, parece que vem de anos. Trocam confidências,
desabafam e ela deixa cair algumas lágrimas.
Os quatro dias, que para eles poderiam ser intermináveis, passam
rapidamente. No último passeio ele se isola um pouco para pensar na rotina
normal que voltará e ela sai a caminhar pela praia. No retorno da caminhada ela
o avista sentando na beira das dunas e desvia o caminho em sua direção.
Eles
querem aproveitar os últimos momentos.
Ambos
estão apreensivos, pois sabem que a despedida de logo mais é inevitável.
O
tempo do passeio termina e mais uma vez sentam juntos no Ônibus. Outras pessoas
já deixam o lugar livre para eles.
No
caminho a infeliz notícia, de que houve problema com os voos. Ele terá que ir no
horário programado, ela no outro dia pela manhã. Com isto, a agência a trocou
de hotel para um mais distante. Ela fica triste, mas ele a consola e diz que
tudo dará certo.
Eles
precisam tomar banho e arrumar as malas com agilidade, pois o tempo passará
rapidamente. Após tudo pronto, se encontram e caminham pela praia até o novo
hotel que ela está hospedada. Aproveitam os últimos momentos, querem segurar o
tempo, mas o relógio não para e a fatal hora da despedida chega
implacavelmente. Eles se beijam, um único beijo durante todo o tempo em que
ficaram juntos. Então, ele entra no táxi e retorna para o seu hotel porque
precisa pegar o ônibus que o levará para o aeroporto. O táxi vai se afastando e
ele olhando para trás querendo aproveitar os últimos instantes. Ela fica parada
parecendo não acreditar que aquele momento chegou.
Eles
trocam cartas, cartões e telefonemas seguidamente.
O
tempo passou...
A
comunicação diminuiu, mas a saudade permaneceu.
Após
a excursão, eles se encontraram apenas duas vezes.
Hoje
trocam eventuais e-mails e recados nas redes sociais.
Cada
um tem sua vida, mas o carinho continua. E todos que os conhecem sabem que não
foi apenas um amor de verão.
Que delícia Nordeste, dunas, muito bom mesmo,amigo!
ResponderExcluirEsse amor foi meio platônico para mim, mas valeu enquanto durou, acho que o importante é isso, não devemos programar nada para o futuro e sim, vivermos o HOJE!
bom final de semana,Claudio!
http://www.elianedelacerda.com
Amores de verão
ResponderExcluirsempre vem
nunca vão
brendovieira.blgospot.com.br
turmadeescritores.blogspot.com
Bom dia Claudio,
ResponderExcluirO paraíso convida a encontros e romances de verão...Viveram os momentos e se for amor de verdade distancia não separa.
Beijos com carinho e tenha uma ótima semana
Marilene
Lindo!!
ResponderExcluirQue romântico.
ResponderExcluirMaravilhoso.
Muitos amores de muitas formas de amar!
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