Já
terminou o primeiro turno das eleições, então tá mais do que na hora de eu
falar algumas coisas. Não vou fazer propaganda partidária, pelo menos não
agora, pois sempre procurei separar o meu hobby, que é o Histórias, estórias e
outras polêmicas de política, apesar de que alguns textos falam sobre isto, mas
são sobre fatos e não candidatos. Só não sei se vou resistir até o dia 26 –
risos.
É
mito dizer que voto branco ou nulo conta para quem está na frente. Isto é uma grande
falta de informação. Anular o voto, o mesmo serve para votar em branco, pode
sim ajudar quem está ganhando e não contar como voto. Eu explico: Um candidato
a presidente, governador ou prefeito de cidades com mais de 200mil eleitores
estará eleito se conseguir 50% dos votos válidos + 1. Vejam bem, é outra coisa
errada dizer que ele precisa de 51%, pois tem muita diferença neste cálculo.
Ele pode ser eleito no primeiro turno com 50,00000001% dos votos válidos, pois
qualquer coisa maior que 50% é maioria.
Os
votos válidos são compostos pela soma dos votos em candidatos de cada cargo
acima citados, ou seja, votando nulo ou branco tu estás excluindo teu voto
deste cálculo e diminuindo os votos válidos. Isto faz com que o candidato que
está na frente precise de menos votos para chegar ao número que precisa. Aí é
que ele é ajudado.
Vamos
fazer um cálculo simples. É claro que com valores simbólicos em uma amostragem
pequena. Então, dentro da nossa simulação vamos supor uma cidade com 1000 eleitores,
a votação do quadro abaixo e que tu sejas um eleitor que tenha votado nulo.
Veja
o quadro:
Como
podemos ver com esta combinação de votos, o candidato Juca Macieira foi eleito
no primeiro turno. Porém, se tu não votares nulo e sim no candidato José
Jaqueira, que pelas pesquisas não tem chances de ir para o segundo turno, veja
o que acontece no novo quadro:
Repare que o percentual sobre o total de votos do Juca
Macieira não se alterou e sim o percentual de votos válidos. Logo, seu voto,
mesmo que em um candidato que não foi para o segundo turno mudou os rumos da
eleição uma vez que agora ela tem 50% dos votos válidos para um candidato e 50%
para os demais. Lembre-se que eu falei lá em cima que é preciso 50% + 1 e este
caso está matematicamente empatado, logo a segunda fase da eleição é
necessária.
Outro mito é dizer que há necessidade de um número de
votos válidos para que a eleição seja homologada, portanto se a maioria votasse
em branco e nulo a eleição seria anulada. É um ledo engano. Vamos fazer uma
nova suposição. Pegamos nossos candidatos que por sua causa se enfrentarão no
segundo turno. Imagine ambos casados com dois filhos, mas somente o Adão
Pereira tenha mãe viva, que estes parentes citados são fieis ao patriarca e que
indiscutivelmente votarão respectivamente. Supomos também que todos os demais
eleitores anularão o voto. O candidato Adão ganhará a eleição por um voto. Não importa quantos votos válidos terão. Quem
fizer mais leva independente do número de válidos. E se der empate, ganha o
mais velho mesmo que seja por minutos.
É uma piada um cara como o Tiririca ter uma votação como
teve. Isto é o próprio povo brasileiro se fazendo de ridículo. O pior é que com
ele, entram alguns deputados com votação inexpressiva que mal conhecemos por
causa da legenda partidária. Isto é outra coisa que poucos eleitores sabem. Um
candidato pode ter uma excelente votação e não entrar se o partido dele não
tiver certo número de votos e outro como oTiririca pode levar de carona um
monte de mal votados. Depois o povo reclama que estamos mal representados
politicamente.
Mais piada ainda são as coligações. Vejam bem. No segundo
turno do meu estado, o Rio Grande do Sul, estão disputando os candidatos do
PMDB e PT. Certamente trocarão podres, acusações e mais tudo, claro que
democraticamente. Só que para a presidência o PMDB apoia o PT e certamente
serão só elogios. Tem coerência isto? Tá certo! Quem disse que política tem
coerência?
Absolutamente certo
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