Olá amigos do Boteco, quem não me conhece sou Claudio Chamun, o autor do blogue Histórias, Estórias e Outras Polémicas e integrante deste projeto onde amigos blogueiros se juntam para miscigenar estilos e cultura "bloguísticas" e artísticas.
Eu vou compartilhar com vocês contos e crônicas, alguns divertidos outros nem tanto...
A postagem de estreia é uma das minhas obras que eu mais gosto.
Boa leitura.
Beijos e abraços, cada um pegue os seus.
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Certa
vez, eu passei um feriado conversando com três mulheres maravilhosas.
Infelizmente, apenas conversando. Bom, deixa para lá. O fato é que elas me
convenceram que a mulher naquelas horas gosta de apanhar.
Agora
imaginem um cara romântico, em um paraíso como Paraty, recebendo dicas de três
belas mulheres de como bater na parceira, que ele sempre achou que era para ser
tratada com carinho. Eu nunca tinha imaginado isto. Fiquei pensando: “Todas as
mulheres com quem tive relacionamento deviam ter vocação para freiras, pois
nenhuma delas me pediu. E olha que alguns dos relacionamentos foram longos. Ou
seja, mas que íntimo para pedir uma porradinha de vez em quando”.
O problema é que as Divas de Paraty foram tão convincentes que criaram um monstro. Naquele momento passei a olhar diferente para uma mulher. Em vez de pensar naquelas pernas para alisar, no pescoço para beijar, ficava pensando onde bater sem deixar marcas. Afinal, existe a tal delegacia da mulher e a lei Maria da Penha. É claro que isto é uma incoerência, se gosta de apanhar porque dar queixa? Porém, uma mulher enciumada pode fazer tudo. Já pensou ouvirmos a frase:
O problema é que as Divas de Paraty foram tão convincentes que criaram um monstro. Naquele momento passei a olhar diferente para uma mulher. Em vez de pensar naquelas pernas para alisar, no pescoço para beijar, ficava pensando onde bater sem deixar marcas. Afinal, existe a tal delegacia da mulher e a lei Maria da Penha. É claro que isto é uma incoerência, se gosta de apanhar porque dar queixa? Porém, uma mulher enciumada pode fazer tudo. Já pensou ouvirmos a frase:
“Seu
sem vergonha aposto que tu bateste mais nela do que em mim” ou então “Tu nunca
bateste em mim deste jeito”.
O
fato é que as musas de Paraty fizeram aparecer meus instintos mais primitivos.
Eu não pensava mais em outra coisa e ficava pensando quem seria a próxima
vítima, quer dizer felizarda já que elas gostam.
Entretanto,
a grande verdade é que, logo eu, um dos últimos cavalheiros do século XXI, que
abre a porta do carro, que pega no colo, manda flores e liga no dia seguinte,
como poderia pensar em bater em uma mulher?
Então,
eu entrei em conflito comigo mesmo. O meu eu interior passou a brigar com o meu
outro eu. E eu não sabia mais quem era eu. “Ala putia” quanto “eu”, é por isto
que nem eu me entendia mais.
Após
ter compilado todos os fatos, achei que tinha a solução para meu caso e para
quem mais enfrenta uma crise existencial como esta. Convidaria a moça para um
jantarzinho romântico, deixaria escolher o local, abriria a porta, a pegaria no
colo, fecharia a porta e desceria a porrada. No dia seguinte levaria flores no
hospital. Assim continuaria sendo um cavalheiro e daria o que a moça desejava:
as porradas e o dia seguinte.
No
entanto, o meu conhecimento e experiência não permitiria agir desta forma.
Afinal, não foi esta educação que recebi de meus pais, mas o workshop
ministrado pelas rainhas de Paraty não saía da minha cabeça, e o que elas mais
enfatizaram, além de que eu fui um banana todo este tempo, é que a mulher que realmente
gosta não pede, fica esperando. Elas insistiram em me dizer, ou me ensinar que
as quietinhas são as piores, ou as melhores, depende do ponto de vista. Então,
ao buscar uma segunda, ou melhor, quarta opinião, uma amiga me disse o
seguinte:
–
Aborde o assunto como se fosse um amigo que tem uma namorada que gosta. Então
verás a reação da parceira sobre o assunto.
Achei
a dica interessante. Logo, fiquei esperando a oportunidade, pois apesar de
bater, não fazer parte do meu perfil, eu não queria ficar desatualizado e
passar por um bocó.
Então,
chegou o grande dia. Conheci a Ritinha, tão “mignonzinha”, delicadinha,
carinhosinha e muito mais “inhas” que um homem pode imaginar. Como que uma
coisinha destas vai gostar de levar uns tapas? Aí eu me lembrei de mais uma das
recomendações das Deusas de Paraty: “Lembre-se! Quem vê cara não vê coração”.
Como
a Ritinha, apesar de todos “os inhas”, não queria perder muito tempo, no caminho eu falei:
–
Sabe? Eu tenho um primo cuja esposa gosta de levar uns tapas na hora do “vamos
ver”.
Para
minha surpresa ela respondeu:
–
Nossa gente! Tapa na cara é tudo de bom.
Pensei
comigo: “Bom, ela gosta. Não posso desapontar”.
Chegando
ao local, mal entramos e já lasquei um tapa na cara. Achei que tinha me
excedido, mas a expressão do seu rosto dizia tudo. Ela me deu um sorriso me
chamou de meu amor e me devolveu o tabefe. Bem, eu não gosto de apanhar, mas eu
não podia reclamar. Não naquele momento, pelo menos. Então, eu enfiei outro
tapa e inspirado no Brad Pit em Sr. e Sra. Smith disse:
–
Vem para o papai.
Nem
terminei de falar, ela veio com tanta vontade que enfiou o joelho nos meus países
baixos. Eu caí sobre a cama e ela pulou em cima de mim dizendo:
–
Acho melhor você vir para a mamãe.
Neste
caso achando apelação a empurrei de cima de mim e levantei-me para acabar com o
assunto porque não tinha vontade de mais nada. Porém, mais rápido que um
foguete ela saltou na minha direção gritando que estava muito a fim e mandou um
direto de direita. Foi-se um dente. Nem senti a dor direito e veio um cruzado
de esquerda e foi-se outro dente e eu a nocaute beijando o piso.
Eu
só a escutava gritando e pulando em cima de mim:
–
Quero mais! Quero mais meu gostoso.
A
partir daí só eu me lembro de sirenes e luzinhas vermelhas e quando acordei no
hospital. Enquanto eu ainda respirava por aparelhos soube que a Ritinha passou
a namorar um lutador de UFC.
Hoje
fujo das bruxas de Paraty e procuro namoradas em conventos.
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança é a mais pura
coincidência.
O modelo da foto não sofreu maus tratos.
kkkkkk isso ná é tapinha é espancamento afffff...
ResponderExcluirMas claro a culpa é das bruxas de Paraty rsrsr
Cláudio, definitivamente, vc é maluco!!! Kkkkkkkkkk...
ResponderExcluirE autêntico. Super autêntico.
Viu só, bom para aprender! Kkkkkkkkkkkkkk...
Um bjão e melhoras, viu! rs
Eu já conhecia
ResponderExcluirA história é sensacional
Muito engraçada
O claudio é muito bom
Boa noite amigo Cláudio!!!
ResponderExcluirHoje que tive a oportunidade de ler esse seu texto...kkkkkkkkkkkk, cara tu é muito hilário...show!!!
Tenha um domingo mega abençoado!!!
Abraços da Bia!!!
kkkkkkkkk
ResponderExcluirMuito bom.
rsssssssssss...Muito bom! abraços,chica
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirkakakaka, comecei lendo e pensando, estou fora, kkkk, affff....mas e a curiosidade de ver como ia terminar?!?!?
Mto bom!!! Tem gosto para tudo!!!! kkkkk
Um super bjo!
Alê- Bordados e Crochê
Fã Page
Olá Claudio, boa noite!
ResponderExcluirRapaz que história é essa, afinal, tem gosto pra tudo não é mesmo?
Em vez de fazer amor é sopapo pra todo lado.
Como sempre seus contos nos prendem do começo ao fim...Esse é muito engraçado.
Beijos com carinho
Marilene
Que hilário.
ResponderExcluirSensacional
kkkk
ResponderExcluirEu já tinha lido no blogue do autor.
é muito boa.
kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQue loucura.
Sensacional
Nossa!
ResponderExcluirQue horror
kkkkkkkkkkkkkkk
Eu já tinha lido no Blog pessoal,
ResponderExcluirÉ sensacional.
Sensacional
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