Hoje o Boteco recebe a ilustre Eliane de Lacerda, autora do
blogue Eliane Lacerda. As letras correm em suas veias e ela respira poemas,
crônicas e contos. Escreve com a intenção de falar do cotidiano; das emoções
humanas, dos traumas, das decepções, do amor louco e desvairado. Sempre
tem o desejo de mostrar ao leitor, que
através da leitura podemos nos modificar e alçar grandes voos.
A vida tem me
proporcionado momentos de intensa reflexão, uma indecisão toma conta de meus
pensamentos, imagino situações futuras em lugares diversificados, mas não
consigo tomar a decisão, dar o primeiro passo, talvez por medo do desconhecido,
por receio de “não dar certo”, e não ter mais a juventude para recomeçar e a
coragem para agir no momento certo, na hora exata .Com a maturidade ficamos
mais propensos a não arriscar, a pisarmos sempre em terrenos conhecidos,
perdemos o espírito aventureiro. Reconheço que preciso me certificar do
sucesso, antes de caminhar na direção imaginada e desconhecida.
Os valores
se misturam, percebo mesmo uma mudança radical na classificação dos mesmos,
pois as prioridades se mesclam e tudo fica mais fácil e simples. Passamos
muitos anos em nossa vida em busca dos bens materiais, depois descobrimos que
não são o essencial para a nossa felicidade, pois só nos sentimos
verdadeiramente felizes, quando percebemos que a família é nosso “grande
tesouro”, embora muitas vezes não tenhamos mais a oportunidade de estarmos
perto dos que amamos tanto.
Quando então
nos olhamos no espelho, percebemos que a vida passou, que o tempo correu, não
há mais motivo para grandes preocupações, temos que sorrir, encontrar com os
“grandes” amigos, gargalhar sem conta, não fazer planos futuros, o nosso
futuro é o “hoje”, o “agora”, tudo mudou
e não há motivo para pensar no “amanhã”.
“Meu caminho é cada manhã, não procure saber onde estou, meu
destino não é de ninguém ,eu não deixo meus passos no chão, se você não entende
e não vê, se não me vê e não entende, não procure saber onde estou, se o meu
jeito lhe surpreende”...
As grandes
paixões, que tanto nos fizeram sofrer, ficaram no passado, hoje queremos amar,
mas amar sem sofrimento, sem medidas, sem limites, amar infinitamente... beijar
com mais doçura e encantamento, pois a
vida é selvagem e precisamos nos comportar como verdadeiros felinos, para que
possamos nos enquadrar na sociedade e disputar nossos grandes beijos e nossas
armadilhas já não são baseadas na beleza física, mas nossa intelectualidade, no
nosso comportamento, na nossa dignidade e na nossa capacidade de viver o
“HOJE!”
É uma excelente poeta, acompanho parte do seu trabalho pelo blog.
ResponderExcluirÓtimo post!
O POETA E A MADRUGADA
opoetaeamadrugada.blogspot.com
Concordo com o amiga em cima
ResponderExcluirputz, desculpa.. amigO
ResponderExcluir