segunda-feira, 26 de outubro de 2015

TALHADOS NO TEMPO


Das mãos, cheias de calos,
floresce a história do seu trabalho.
Escorre-lhe o suor sagrado
dos dias talhados no tempo.

No rosto, cheio de marcas,
sinais das batalhas de outrora.
Não como estas de agora
que a compreensão ignora,
mas como já fizera antes
nos tempos de tantas amantes.

Da voz, já quase inaudível,
ouve-se palavras amigas,
embora um tanto sofridas
pelas quedas da vida.

No peito, cheio de compaixão,
um coração ressoa vacilante.
Não como ressoava antes,
nos tempos de tantas amantes,
mas como ressoa agora
o coração vacilante.

Um comentário:

  1. Amigo Dênis,
    amo seus poemas, vc é um grande poeta!!!!!!
    BRAVO!!!!!
    bjos e bom domingo!
    http://www.elianedelacerda.com

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