Uma vez eu me deparei
com um assunto que falava sobre todo mundo já ter sofrido algum tipo de
preconceito.
De minha parte, obviamente
que eu concordei, pois eu tenho ciência que já sofri alguns. E exatamente
quando estava escrevendo sobre isto no comentário, eu me dei conta que poderia
fazer um texto sobre os preconceitos por mim sofridos.
Claro que não quero
fazer deste artigo um muro de lamentações, e sim mostrar que o preconceito
existe em todas as classes da sociedade.
Eu era muito baixinho
quando criança, pois o meu crescimento até o glorioso 1,78m iniciou aos 15
anos. Então, meus colegas maiores me enchiam o saco. Sempre usando de covardia
e praticando bullying. Este já é um preconceito dos grandes, mas o que é pior
vou contar.
Os valentões não
contavam com o quanto que eu era valente, corajoso e burro.
Certo dia, no
intervalo da aula, não sei se ainda se chama recreio, um deles se meteu comigo
e eu enfiei a mão na cara dele. O coitado teve que ir ao banheiro limpar o
sangue. Coitado não. O filho de uma bela dama malabarista de bolsa em esquina
me jurou de morte na saída. Como a minha coragem era maior que minha
inteligência, eu encarei. Em vez de sair correndo ou fugir pelo outro portão,
fui para a saída principal ao encontro do meu provável assassino.
A notícia se espalhou
como poeira após um espirro. Logo, lá estava toda ala masculina do
colégio esperando a briga.
No meio da confusão
senti um pé da bunda. Foi o covarde que aproveitou o furdunço para me agredir
pelas costas. Eu devia ter partido para cima dele, mas a inteligência começou a
aparecer e ficamos cara a cara naquela troca de olhar fulminante como dois
lutadores de UFC.
O fato é que o Golias
não veio para cima de mim, porque a porrada que dei nele, fez com que ficasse com
um pouco com medo, pois sentiu minha mão pesar na sua cara. Acho que ele estava
esperando eu atacar. Porém, eu que já estava um pouco mais esperto, fiquei na
minha invertendo o ditado, e apliquei “o melhor ataque é a defesa”.
Enquanto um esperava
o ataque do outro eu sofria o maior preconceito desta história. Os maiores que
passavam por ali olhavam para mim, depois para ele e voltavam a olhar para mim
rindo e diziam:
– Tu vais brigar com
este nanico?
Pô. Eu estava
enfrentando o cara de igual para igual e a vantagem até aquele momento era
minha. Isto é ou não é preconceito?
A briga não saiu. Ele
ficou com medo – risos. Levei um chute covardemente, mas o que é um pé na bunda
para uma mão pesada que sangrou o palhaço?
Na próxima semana falo sobre o preconceito nos semáforos.
Infelizmente o bullying é cada vez mais presente neste muito.
ResponderExcluirVocê foi de muita coragem.
O eu mais tem no mundo são pessoas covardes
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