Continuando a saga do
preconceito...
Já adulto, estava eu parado
no semáforo, para nós gaúchos sinaleira, do entroncamento da Av. Mostardeiro com
a Av. Göethe, em Porto Alegre. Do meu Monza Classic 2.0 SLE top de linha da
montadora, avistei uma mocinha distribuindo folder de apartamentos. Quando ela
veio em minha direção, passou direto e não me deu o panfleto. Bom, esqueci de
dizer que meu possante era top de linha em 1990 estávamos em 2002, e ainda que,
os folders eram de apartamentos de luxo. Portanto, ela só entregava para
carrões e alguns nem abriram a janela para receber. Bem feito para ela. O que a
mocinha não devia saber é que muitos que têm carrões ficam a vida toda pagando
a prestação no sacrifício e eu não tinha conta alguma, mas tudo bem, eu sei que
era orientação da construtora.
Porém, não perdoei. Quando a sinaleira ficou verde para mim, eu abri a janela e disse:
Porém, não perdoei. Quando a sinaleira ficou verde para mim, eu abri a janela e disse:
– Tenho boa memória.
Um dia tu vais entregar folder de pizza em um dia quente louca para ir embora e
eu não vou pegar mesmo sendo louco por pizza.
Brincadeira! Não
disse não. Fiquei anestesiado com o preconceito.
Muitos anos depois,
em outra sinaleira, desta vez na Av. Ceará com a Av. Sertório, também em Porto
Alegre, uma mocinha entregava folderzinhos para todos os carros. Como sempre,
eu abri a janela para ajudar. Entretanto, ela passou direto por mim. Aí pensei:
“De novo? O que foi desta vez? Ela entregou para carros mais velhos e mais
baratos do que o meu, que já era outro”. Então, reparei que ela só
entregava para homens sozinhos e eu estava acompanhado pela minha amada esposa.
Logo, entendo que se tratava de uma casa de massagens e a mocinha certamente
era uma massagista a julgar pelas roupas que vestia (sem preconceito).
Pô! Não ganhei o
folder só porque sou casado? Isto é o pior preconceito.
Dias depois passei
por ali sozinho e ganhei o folder, mas entreguei para minha amada e linda
esposa, que rasgou. Expliquei a ela que peguei só para ajudar, pois a
coitadinha da moça fica ali no sol, chuva e vento e muita gente nem abre o
vidro. Afinal, não podemos ter preconceito, não é?
kkkk
ResponderExcluirÉ muito preconceito.
Bjuss
Muito bom ha ha ha
ResponderExcluirAdorei o texto!
ResponderExcluirTalvez não foi preconceito,mais sim porque você é casado.
Foi mais por respeito!
Adorei conhecer o boteco dos blogueiros.
Bom dia.
Obs: Boteco de blogueiros.
ResponderExcluirObs: Boteco de blogueiros.
ResponderExcluirAdorei o texto!
ResponderExcluirTalvez não foi preconceito,mais sim porque você é casado.
Foi mais por respeito!
Adorei conhecer o boteco dos blogueiros.
Bom dia.
Bonito texto
ResponderExcluirPreconceito
Engraçado e bem real, seu texto, Cláudio!
ResponderExcluirPreconceito o há, em qualquer lugar e situação.
Casou, mas não cegou, não é mesmo, e além disso, nenhum homem, solteiro, casado, viúvo, divorciado, com harém até, deixa de ser simpático e nem é de ferro, também (risos).
Bom fim de semana.
kkkkk Bom, talvez não seja tanto preconceito e sim direcionado a um tipo específico de público...
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